terça-feira, dezembro 29, 2009

Não basta a vontade, nem um emprego garantido

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Sempre disse que um dia iría parar a África.
A vontade foi crescendo à medida que me ia fartando da estagnação da carreira e da vida pessoal.
Depois da vontade, procurei a oportunidade. Não foi tão fácil como teria sido há uns anos, mas consegui um emprego garantido.


Vontade e Emprego, deveria chegar, mas não,
ainda falta uma grande correria ...

Agora começam as complicações, ou melhor, começa a aventura, que é uma forma mais realista e saudável de encarar esta fase da nossa vida. Ir com espírito negativo ou de sacrifício, é meio caminho andado para regressar bem antes do visto caducar.

Primeiro, temos de garantir com a empresa que nos contrata, condições de habitabilidade e de deslocações. É importante que disponibilize uma casa  -no mínimo, com ar condicionado, gerador electrico para falhas de corrente e electrobomba para a água corrente - e um carro com motorista  (casa e carro, habitualmente partilhados com outros colegas ). Isto porque alugar uma casa simples, com dois quartos, não é fácil, custa no minimo uns 5.000 usd e tem de se pagar um ano de aluguer em avanço. Quanto às deslocações dentro de Luanda, dado o trânsito infernal e falta de estacionamentos, importa ter um motorista. Por outro lado, é importante termos disponivel uma viatura, de preferência 4x4, para passeios ao fim-de-semana, que são um dos poucos escapes desta vida essencialmente de trabalho.

Segundo, importa contar com custos extra sobre as remunerações, ou negociar formas de pagamento das mesmas, de preferência com parte depositada no país de origem, pois transferir o dinheiro de Angola para o exterior "não é permitido" ... mas como tudo lá, pode dar-se a volta, embora com custos extra por debaixo da mesa (gasosas).

Terceiro, temos que obter um visto, algo que farei em breve, mas já sei que preciso de ir para uma fila bem cedo num consulado e provar capacidade financeira de subsistência para a duração da estadia, que depende de cada consulado ou de cada pessoa e tipo de visto. Já me dissseram que no Porto exigem um talão de depósito/compra de ~3.000 euros, mas que em Lisboa solicitam um extracto bancário de uma conta nossa com pelo menos 2500 € (100 usd por dia). Depois de ultrapassada mais esta "pequena" barreira, confirmarei os métodos possíveis, num dos próximos posts ...

Quarto,  ir á consulta do viajante verificar prazos limites no boletim de vacinas e tomarmos aquilo que nos receitarem.

Por hoje chega de conversa, importa tratar destes e de outros assuntos que mais tarde partilharei..

Até breve ... e um Excelente Ano de 2010